Decidir deixar seu filho viver fora do país por um tempo vai além do aperto que vem ao coração de ficar longe e do medo de que ele não consiga se virar sozinho. É um projeto que envolve uma quantia significativa. Certamente, uma das dúvidas que paira no ar é se o investimento em intercâmbio vale a pena.
Os valores dependem muito da modalidade escolhida e do tempo de permanência. Eles podem variar entre R$6 mil (curso de 2 semanas) e R$30 mil (programas de 1 ano de duração).
Esses custos são apenas uma média e podem sofrer alterações de acordo com o câmbio, mas, de todo modo, dado o volume do investimento, é preciso avaliar qual o retorno que seu filho vai conquistar com essa experiência.
Para isso, listamos 4 razões que comprovam o quanto vale a pena investir nesse momento de crescimento do seu filho. Para ajudá-lo nessa tarefa, contamos com os relatos de algumas pessoas que já viveram a experiência do intercâmbio. As vantagens são visíveis no desenvolvimento pessoal e profissional em diferentes perspectivas. Confira!
Quais são os benefícios do investimento em intercâmbio?
1. Aprimora o idioma
Faça as contas! A mensalidade de um bom curso de inglês gira em torno de R$400. Ou seja, em um ano, seu gasto será de R$4.800. Provavelmente, se o seu filho for um aluno dedicado, vai levar em torno de 6 anos para que esteja preparado para fazer uma prova de proficiência, como o TOEFL ou o Cambridge. Nesse período, você terá gastado em torno de R$28,800 (e não levamos em consideração a inflação!)
É claro que aprender um novo conteúdo é sempre enriquecedor. Mas perceba que, com esse mesmo valor, em um espaço de tempo muito menor, seu filho será fluente em outra língua. Muito mais que aprender gramática e pronúncia, ele compreenderá códigos culturais que aprimorarão sua forma de comunicar.
Pedro Furtado, hoje aluno de Economia da UFMG, passou pela experiência de intercâmbio 3 vezes. A primeira em 2009, aos 17, depois aos 20 e 21 anos. Ele conta que sua relação com o inglês mudou completamente depois do intercâmbio. “Minha fluência só aconteceu porque eu fui para os Estados Unidos. Por mais que eu soubesse falar a língua, só aprendi mesmo quando fui forçado a conversar”.
Sua intenção pode ser manter o adolescente em casa por enquanto. Se for esse o caso, uma alternativa é investir em um intercâmbio universitário mais adiante, por exemplo, e optar por uma escola bilíngue que ofereça dupla certificação no Ensino Médio!
2. Fortalece a autoconfiança e autoestima
Os irmãos Arthur e Isis Ribeiro tiveram a oportunidade de fazer intercâmbio na adolescência. Para ambos, a experiência foi transformadora. Formados em Educação Física, ele já treinou uma equipe de futsal na França. Agora, mora em São Francisco, Estados Unidos, e dá aulas no International High School. Ela é professora no Rio de Janeiro.
Isis conta que ganhou muito em independência e autoconfiança. “Mesmo sabendo me virar, passei por muitos momentos em que tive que tomar decisões pessoais e profissionais, sem ter ajuda, apoio e visão da minha família”.
3. Amplia a visão de mundo
Ao redor do planeta, existem as mais diferentes formas de lidar com situações cotidianas. Outras realidades que levam as pessoas a tomarem decisões que não seriam as nossas. Essa experiência proporciona uma expansão de horizontes na vida do adolescente.
Ana Tereza Raposo, que retornou do intercâmbio no início de 2018, conta um pouco mais sobre sua experiência: “passei a entender que mesmo sendo de culturas diferentes somos seres humanos e compartilhamos muitos sentimentos. Mudei pessoalmente. Comecei a compreender melhor quem eu era e me transformei em uma pessoa com uma cabeça aberta para o mundo e para resolver minhas próprias coisas. Intercâmbio é uma experiência maravilhosa”.
4. Proporciona novos desafios
Às vezes, as coisas mais simples podem se transformar em grandes obstáculos a serem vencidos na vida. É o que vai acontecer com seu filho ao se deparar com a necessidade de resolver sozinho os dilemas que vão se apresentar em sua rotina como intercambista. Esses desafios podem motivá-lo a amadurecer, torná-lo um aluno mais engajado e, no futuro, um profissional consciente de suas potencialidades.
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