O ministro da Educação, Abraham Weintraub, revogou nesta quinta-feira, 18, uma portaria de 2016 que determinava cotas para negros, pardos, indígenas e pessoas com deficiência em cursos de pós-graduação nas universidades e institutos federais, o que inclui programas de mestrado e doutorado. A decisão acontece no mesmo dia em que há expectativa da demissão do chefe da Pasta.
A portaria de maio de 2016, assinada pelo então ministro da Educação do governo de Dilma Rousseff, Aloizio Mercadante, determinou que as instituições adotassem esses programas para ampliar a “diversidade étnica e cultural” no corpo discente.
A portaria pedia a criação de grupos para promover e aperfeiçoar as propostas. “As Instituições Federais de Ensino deverão criar comissões próprias com a finalidade de dar continuidade ao processo de discussão e aperfeiçoamento das ações afirmativas”, diz o texto.
Publicada no Diário Oficial da União, a revogação impacta diretamente no acesso de negros e indígenas ao mestrado, mestrado profissional e doutorado. Weintraub não justificou sua decisão. O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) também já se posicionou contra as cotas raciais.
Veja também: Weintraub é multado em R$ 2 mil por não usar máscara em protesto
Nenhum comentário:
Postar um comentário