Em meio ao retrocesso intelectual que dá as cartas no Brasil de Bolsonaro, o Ministério da Educação anunciou o corte de metade do orçamento destinado a Capes.
O órgão é responsável por manter a maior parte das bolsas de mestrado e doutorado no País. Com a redução, entretanto, a Capes terá à disposição apenas R$ 2,2 bilhões (R$ 2,1 bilhões a menos que os 4,3 bilhões garantidos neste ano). O corte deve atingir quase 200 mil bolsistas de pós-graduação e professores de escolas públicas
Justificativa
Diante das acusações de sucateamento da pasta, o ministro da Educação, Abraham Weintraub, justifica que os cortes são necessários para custear as atividades das universidades federais em 2020.
Em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, Weintraub explicou: “Quase tudo vai ficar igual ou melhor. O único lugar que teremos de apertar e vai aparecer número ruim será na Capes. Vai sair o número, o pessoal vai gritar, mas será resolvido”.
Corte afeta bolsas em andamento
Desde o início do governo Bolsonaro, esta não será a primeira vez que a Capes, principal financiadora de pesquisas de pós-graduação no Brasil, arca com o contingenciamento de recursos que seriam revertidos a novos pesquisadores.
No início da tarde desta segunda-feira, 2, o presidente da Capes, Anderson Ribeiro Correa, anunciou corte de mais 5.613 bolsas de pós-graduação a partir de setembro. O congelamento, que passa a vigorar neste mês, soma-se a outras 6.198 bolsas que haviam sido bloqueadas no primeiro semestre de 2019.
Ao todo, as 11.811 bolsas cortadas correspondem a 5,57% do total de vagas ofertadas pelo sistema neste ano.
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