É fato que muitos artigos já publicaram sobre os benefícios de aprender inglês ou qualquer outro idioma na fase da infância e/ou adolescência.
O que poucos sabem é que em todas as fases da vida é possível assimilar e ficar fluente em uma língua, pois em cada momento há vantagens e desvantagens no processo de aprendizado.
O cérebro é uma órgão “elástico” que opera de acordo com as experiências e períodos da vida do ser humano. Logo, as crianças e os jovens não têm vantagens a mais no momento de aprender o inglês. O que eles têm são vantagens diferentes dos adultos e vice-versa.
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As vantagens da fase adulta
Os psicólogos Roger Kreuz e Richard Roberts, autores do livro Becoming Fluent: How Cognitive Science Can Help Adults Learn a Foreign Language (Tornando-se fluente: como a ciência cognitiva pode ajudar adultos a aprender um idioma estrangeiro), enumeram as vantagens de aprender um idioma quando se é criança e na fase adulta.
Uma das descobertas é que os adultos não avançam no aprendizado por causa da própria ansiedade. Esse indivíduo é cobrado pela carreira, pelos amigos já fluentes, pelo parceiro(a), pelos filhos(a), enfim pela própria sociedade e acaba por não persistir nos estudos do segundo idioma. Outro fator descoberto é a dificuldade de se criar o hábito diário de estudo. Formar um novo hábito pode levar de dois a oito meses, segundo a pesquisadora e psicóloga da University College London, Phillippa Lally.
Diante dos estudos acima desvendados, o intercâmbio surge como um auxiliador nesse processo de aprendizado de um idioma. “O que Roger e Richard descobriram sobre a ansiedade e concomitantemente a desistência dos adultos na continuidade dos cursos de inglês é algo comum no Brasil. A maioria dos brasileiros já iniciaram cursos de inglês, ao menos uma vez na vida, e desistiram no nível intermediário. Isso tem a ver com a pressão deles próprios e claro com a dificuldade de persistir no hábito. É neste momento que o intercâmbio surge como uma ferramenta motivadora para persistir nos estudos do inglês”, explica Lorena Peretti, CEO da Minds Travel, agência especializada em intercâmbio.
Pensando nesse cenário, Lorena Peretti, da Minds Travel, lista 5 dicas para você aprender inglês após os 30 anos:
- Faça um intercâmbio sozinho(a) ou opte por uma viagem internacional a lazer
Há muitas escolas de idiomas no Brasil que facilitam o pagamento do intercâmbio e do curso letivo no país. Ou seja, enquanto você está se dedicando todos os dias ao idioma aqui no Brasil saberá que ao final do curso e/ou no meio dele viajará para praticar o que aprendeu. E o melhor: no país que você tem desejo de conhecer. Seja você casado (a) ou não, a importância de fazer o intercâmbio sozinho(a) reside na vivência que terá no exterior. Fica-se mais propenso a ter contato com pessoas de outras partes do mundo e se comunicar apenas no idioma que se pretende estudar.
Caso não tenha muito tempo para se dedicar a um intercâmbio opte por uma viagem internacional curta. Essa viagens rápidas também ajudam a se manter motivado(a) nos estudos e aumentar o vocabulário.
- Crie um hábito de cada vez
Essa dica vale principalmente para o começo de ano. Fazemos a lista de objetivos e queremos praticá-los todos de uma vez. Criar um hábito leva de dois a oito meses. Por isso, se aprender inglês é o hábito mais urgente comece por ele e não inclua outros. Vá devagar. Parece besteira, mas comece do começo. Dedicando pelo menos 30 minutos por dia ao estudo do inglês e sempre no mesmo horário.
- Inclua o idioma nas suas atividades rotineiras
Cozinhe com receitas em inglês, assista filmes/séries em inglês com legenda em português e após algum tempo troque por legenda em inglês, troque o idioma dos seus aparelhos eletrônicos, receba pessoas de outros lugares do planeta por meio do Couchsurfing (App que facilita o contato com estrangeiros), entre outros
- Adote o famoso planner
O planner foi adotado por vários brasileiros de uns anos para cá. Tenha um planner só para praticar o inglês, ou seja estipule dias em que só pode-se comunicar em inglês em casa. Vale com os filhos, colega de casa, noivo, parceiro, enfim todos que convivam naquele espaço. Você perceberá que acordar e ter que pensar em outro idioma é um desafio e conforme for passando os dias ficará cada vez mais fácil.
- Entenda a fonética/pronúncia do inglês
Toda língua é feita de sons. Logo, compreender como se fala corretamente as palavras é muito importante no processo do aprendizado. No intercâmbio, convivendo com pessoas locais e também com professores nativos, é mais fácil captar a forma como as pessoas realmente se comunicam e assim conseguir começar a praticar a conversação do inglês.
Veja também: Dicas para aprender inglês e fazer um intercâmbio
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