Apesar de haver ações na Justiça pedindo revisão de notas e o Inep ter afirmado que não daria resposta individual a problemas nas notas do Enem, um apoiador do governo conseguiu atendimento do próprio ministro da Educação, Abraham Weintraub, por meio de redes sociais, para a revisão do exame da filha.
O episódio insólito ocorreu no último sábado, 25, e foi publicado no Twitter.
@ArthurWeint Ministro, minha filha tem certeza que a prova do Enem dela não teve a correção adequada e que ela foi prejudicada. E agora? A Inês é morta? O Sisu termina amanhã. Inscrição n° 191036902663
— Carlos Santanna (@carsantanna) January 25, 2020
Caro Carlos, vou passar seu caso diretamente para o presidente do INEP. Qual foi o problema que ela acha que ocorreu? Abraço
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) January 25, 2020
Já está sendo analisada. Abraço pic.twitter.com/UtuebuucK2
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) January 25, 2020
Caro Carlos, veja a resposta abaixo. Abraço pic.twitter.com/ef4ncMSs9D
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) January 25, 2020
Carlos Santanna, segundo as postagens nas redes sociais, é um apoiador do governo Bolsonaro e do fim da “mamata”.
Você precisa de ajuda, mas não é camarada do ministro? Veja o que é necessário
Os documentos pedidos para os estudantes que entram em contato, antes de repassar o caso ao advogado (que provavelmente irá pedir mais, de acordo com a especificidade do caso) são:
- Documento oficial com foto;
- Comprovante das notas no Enem;
- Comprovante de endereço;
- Cadastro da família no CadÚn (Cadastro Único) ou um outro meio de comprovar que a família recebe menos de dois salários mínimos.
MEC recebeu mais de 172 mil reclamações
O MEC recebeu 172 mil mensagens com reclamações. O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais), por sua vez, divulgou que a falha atingiu 5.974 candidatos.
Na última quarta-feira, 22, o MPF enviou uma recomendação ao governo Bolsonaro para que as inscrições do Sisu sejam suspensas. O pedido é para que o período de inscrição seja adiado e, depois, feito um novo cronograma. A ideia é que o governo possa realizar uma nova conferência dos gabaritos de todos os candidatos — principalmente dos que se sentiram prejudicados com os erros da correção do Enem.
Veja também: Após identificar 6.000 erros no ENEM, MEC estende prazo do SISU
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