Após o ministro da Educação, Abraham Weintraub, admitir que houve “inconsistências na correção das provas” do Enem 2019, muito estudantes que realizaram o exame e tiveram notas baixas estão preocupados em não conseguir a tão sonhada vaga em uma universidade federal.
Para tranquilizar todos os participantes que ficaram com dúvidas em relação à nota, o MEC (Ministério da Educação) chegou a disponibilizar um canal de comunicação que receberia mensagens até as 10h desta segunda-feira, 20.
Atenção, participante do #Enem2019!
O canal, criado especialmente para você, irá expirar no horário mencionado para que a equipe técnica do #Inep tenha tempo hábil de fazer toda a conferência necessária até o fim do dia, quando os resultados finais serão divulgados. pic.twitter.com/FFJG9FUrCa
— Inep (@inep_oficial) January 20, 2020
Segundo o ministro, tudo estaria resolvido até este mesmo dia. Ainda no domingo, 19, ele reforçou que o Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Anísio Teixeira), responsável pelo Enem, segue apurando os erros e descartou que qualquer candidato possa ser prejudicado. A revisão será feita nos dois dias de aplicação do exame.
“A equipe do Inep continua trabalhando na apuração das inconsistências nas notas individuais do Enem 2019. Reafirmo: nenhum candidato será prejudicado! A abertura do Sisu [sistema de seleção que usa a nota do Enem como critério de acesso às universidades públicas de todo o país] será na terça, dia 21”, disse Weintraub.
De acordo com a reportagem do G1, até a manhã do último sábado, 18, o MEC e o Inep não sabiam informar quantas pessoas poderiam ter sido afetadas, porém admitiram o erro em ao menos quatro provas de Viçosa (MG). Falhas em outros estados não foram descartadas.
Segundo depoimento de Weintraub, o erro atingiu “alguma coisa como 0,1%” dos candidatos que prestaram o exame (o equivalente a 3,9 mil candidatos). Já Alexandre Lopes, presidente do Inep, diz que o erro poderia ter afetado “até” 1% dos participantes, ou seja, 39 mil pessoas. Depois voltou atrás e afirmou que o número “não chega a 9 mil”.
Participantes relatam casos pelo Twitter
Os relatos de erros nas notas do Enem começaram a pipocar nas redes sociais logo depois que os resultados individuais foram divulgados, na sexta-feira, 17.
Bora compartilhar galera, isso eh GRAVÍSSIMO E INADMISSÍVEL, força pra quem tá nessa situação pq não eh fácil #erronoenem pic.twitter.com/InXTay6VNE
— dnei (@edneivardierojr) January 17, 2020
#erronoenem pic.twitter.com/quTqBOQ5Ii
— Livs (@livfialho) January 18, 2020
Fiz a prova do ENEM no PVB em Viçosa, e assim como centenas de estudantes minha nota do segundo dia foi errada:
Acertos: 30/45
Nota: 393,1(mínima)
Isso não é TRI, é erro!!!#erronoenem#NaoÉTRI— Luisa Mendonça (@Lobobisa) January 18, 2020
Diante disso, desde domingo a UNE (União Nacional dos Estudantes) está recolhendo casos de estudantes prejudicados para denunciar à Justiça. “Se não houver correção de todas as provas ainda hoje [20] vamos nos mobilizar e vamos à justiça pedir adiamento do Sisu, publicou entidade no Twitter. A UNE afirmou que ingressou no Ministério Público Fiscal com um pedido de ação civil pública por danos morais.
Veja também: Agora são 42 universidades de Portugal que aceitam a nota do Enem
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