Às sete e meia da noite de 2 de setembro, um incêndio de grandes proporções atingiu o Museu Nacional, no Rio de Janeiro, que abrigava o maior acervo de história natural do país_ e o quinto do mundo. A coleção, catalogada por cerca de 20 milhões de itens, abrigava peças centenárias entre fósseis, múmias, peças indígenas e livros raros.
Pouco mais de três meses após a tragédia, parte do que foi consumido pelas chamas será recuperado, ainda que virtualmente. Isso porque, o Google Arts & Culture, em parceria com o museu, disponibilizará um tour virtual e coleções digitais do acervo da instituição.
A plataforma permitirá um passeio de 360 graus pelo prédio histórico, fundado em 1818 por Dom João VI, resgatando 164 peças digitalizadas antes do incêndio. O lançamento acontece nesta quinta-feira, 13. Acesse o site.
Entre as peças disponíveis, destacam-se relíquias históricas como o crânio de Luzia, o mais antigo remanescente humano das Américas, a famosa réplica de Titanossauro e o Meteorito de Bendegó, o maior já encontrado no Brasil, pesando 5.260 kg.
Além das mostras, a plataforma traz um passeio virtual inédito por dentro do museu com imagens em 360 graus captadas em 2017, por meio do Museum View.
Com a ferramenta, é possível mergulhar pelas salas do prédio histórico, além de ver, em detalhes, as peças que ficavam em exposição. Esse tour pode ser guiado com narração em português, inglês e espanhol e também assistido em modo imersivo com o uso de um cardboard ou outros visores de realidade virtual.
Confira alguns destaques das obras recuperadas:
- Luzia, o mais antigo esqueleto humano encontrado nas Américas, com aproximadamente 11.500 anos de idade.
- O meteorito do Bendegó, um dos maiores do mundo, foi descoberto por um menino à procura de uma vaca perdida em 1784.
- Gato mumificado do Egito Antigo, uma oferenda à deusa Bastet.
- Réplica do esqueleto do Titanossauro, cujos ossos originais foram descobertos perto de São Paulo na década de 1950.
- Vaso Marajoara, sociedade pré-colombiana.
- Máscaras indígenas do povo Awetí, Waurá e Mehináku.
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