Um comitê de alunos da USP produziu um dossiê com mais de 400 denúncias de uso indevido de contas étnico-raciais por estudantes que não seriam negros, pardos ou indígenas.
Os casos vão desde pessoas autodeclaradas pardas e que ingressaram na faculdade como negros até caso de pessoas de pele branca e olhos claros beneficiadas pelo processo de cotas.
De acordo com reportagem do O Globo, a USP, no entanto, diz ter recebido apenas 21 denúncias através deste procedimento.
As denúncias foram recebidas pelo comitê através de uma plataforma anônima que preserva a identidade dos denunciantes.
Na quarta-feira, 23, a universidade recebeu dos núcleos das Defensorias Públicas de São Paulo e da União recomendação para criação de mecanismos de combate às fraudes na política de cotas étnico-raciais.
Uma das recomendações sugere a criação de uma comissão que conduza uma entrevista pessoal e analise as características fenotípicas dos candidatos que se inscreveram no vestibular como cotistas PPI.
Cota e Sisu
A USP adota a reserva de vagas para alunos de escolas públicas e autodeclarados preto, pardo ou indígena (PPI) por meio do vestibular da Fuvest ou do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que usa a nota do Enem desde 2018.
Do total de 8.317 vagas oferecidas, 5.424 serão na modalidade ampla concorrência, 1.857 para alunos de escolas públicas e 1.036 para cotistas PPI.
Veja também: Faculdade de Direito da USP aprova cotas raciais no vestibular
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