sexta-feira, 25 de outubro de 2019

Alunos da USP denunciam 400 casos de fraude em cotas raciais

Um comitê de alunos da USP produziu um dossiê com mais de 400 denúncias de uso indevido de contas étnico-raciais por estudantes que não seriam negros, pardos ou indígenas.

Os casos vão desde pessoas autodeclaradas pardas e que ingressaram na faculdade como negros até caso de pessoas de pele branca e olhos claros beneficiadas pelo processo de cotas.

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De acordo com reportagem do O Globo, a USP, no entanto, diz ter recebido apenas 21 denúncias através deste procedimento.

As denúncias foram recebidas pelo comitê através de uma plataforma anônima que preserva a identidade dos denunciantes.

Na quarta-feira, 23, a universidade recebeu dos núcleos das Defensorias Públicas de São Paulo e da União recomendação para criação de mecanismos de combate às fraudes na política de cotas étnico-raciais.

Uma das recomendações sugere a criação de uma comissão que conduza uma entrevista pessoal e analise as características fenotípicas dos candidatos que se inscreveram no vestibular como cotistas PPI.

Cota e Sisu

A USP adota a reserva de vagas para alunos de escolas públicas e autodeclarados preto, pardo ou indígena (PPI) por meio do vestibular da Fuvest ou do Sisu (Sistema de Seleção Unificada), que usa a nota do Enem desde 2018.

Do total de 8.317 vagas oferecidas, 5.424 serão na modalidade ampla concorrência, 1.857 para alunos de escolas públicas e 1.036 para cotistas PPI.

Veja também: Faculdade de Direito da USP aprova cotas raciais no vestibular

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