Já imaginou você aproveitar esse final de ano para dar o pontapé inicial na área de tecnologia e se inscrever em um curso de Desenvolvedor Web Java Jr e atuar numa área em que existe uma lacuna de profissionais com este tipo de conhecimento?
É exatamente isso que a ONG Generation Brasil está oferecendo para jovens de 18 a 30 anos, que morem na cidade de São Paulo e região metropolitana, e que tenham concluído o ensino médio.
Com inscrições abertas até o dia 22 de novembro (clique para aqui se inscrever), o curso oferecido pela ONG tem um formato bootcamp, ou seja, as aulas são intensivas e acontecem de segunda à sexta-feira, das 8h às 17h, durante 12 semanas.
Devido a pandemia, as aulas serão ministradas de forma on-line, porém a Generation Brasil possui uma política de empréstimo de notebook e auxílio internet para todos os aprovados que não possuem o equipamento, mediante análise da área de assistência social.
Além do conteúdo técnico, 30% do currículo é focado no desenvolvimento de habilidades socioemocionais, mentalidades valorizadas pelas empresas que contratam para essa posição. O objetivo é preparar os estudantes para uma rotina profissional, já que muitos alunos nunca tiveram um trabalho formal antes.
O resultado, de acordo com os empregadores parceiros, é um desempenho 84% superior em produtividade e qualidade, quando comparado um aluno formado pela ONG com os demais colegas de trabalho.
Mercado de trabalho
Há uma lacuna entre a demanda das empresas por profissionais dessa área e o número de candidatos disponíveis. De acordo com a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), menos de 2% dos trabalhadores no Brasil são graduados nas disciplinas conhecidas como STEM – ciência, tecnologia, engenharia e matemática.
No entanto, a Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação (Brasscom) estima que até 2024, o setor necessite, em média, de 70 mil profissionais por ano. Essa demanda também busca por maior diversidade e equidade de gênero na área, com uma procura especial por especialistas mulheres, pessoas negras e LGBTQIA+.
É neste ponto que a Generation atua desde que iniciou as atividades no Brasil em 2019. Uma vez que a ONG levanta a bandeira da diversidade de gênero, raça e orientação sexual e trabalha para diminuir as desigualdades sociais enfrentadas no setor de Tecnologia. Algo que se traduz nas estatísticas envolvendo o programa, já que atualmente, 40% dos alunos da ONG são mulheres e 50% negros.
Outro ponto de destaque da atuação da Generation, está na preocupação em conseguir uma posição de trabalho para os participantes do programa. De acordo com dados da ONG, mais de 80% dos seus 200 alunos formados conseguiram trabalho na área de tecnologia em até 3 meses após a formação com remuneração inicial entre R$ 2.500 e R$ 5 mil.
Através do recrutamento, a ONG realiza capacitação e conexão de jovens com oportunidades profissionais dentro de empresas que reconhecem a importância do tema, como Itaú, Magazine Luiza, BRQ, Sumup, Minutrade, Vittude, Loggi e muitas outras.
Desta forma a Generation cumpre um objetivo duplo: já que minimiza uma lacuna existente entre as vagas de emprego que não encontram mão de obra qualificada de jovens em busca de uma colocação profissional e traz mais diversidade para as empresas.
“Contribuir para a diversidade, equidade e inclusão significa cumprir um compromisso ético que objetiva construir uma sociedade mais justa. Como as oportunidades não são as mesmas para todos os jovens, a Generation oferece todas as ferramentas para que eles se qualifiquem e retomem seus papéis no mercado de trabalho”, ressalta Gabriela Paranhos, COO da Generation para a América Latina.
Até hoje, mais de 38 mil jovens se formaram nos programas da Generation ao redor do mundo, em 148 cidades e 13 países. No Brasil, a ONG trabalha na capacitação e empregabilidade de jovens na área da tecnologia.